Quando criança, queria crescer logo para me tornar adolescente achando que a vida seria mais interessante, pois poderia sair para passear com as amigas, fazer curso de idiomas e ter mais liberdade. No entanto, quando entrei na adolescência, a situação ficou mais difícil porque já tinha de começar a trabalhar e assumir responsabilidades muito pesadas para a minha idade. Por isso procurei refúgio no curso de teatro, pois era o momento em que eu podia sonhar e me libertar das cobranças sociais. Também não consegui usufruir a adolescência por me preocupar com o futuro, afinal, precisava trabalhar e estudar para buscar uma “vida melhor”. Nessa fase, a minha vontade era completar logo os 25 anos, pois acreditava que seria madura e segura o suficiente para enfrentar a vida e, assim, seria mais feliz. Novamente deixei de viver o presente na busca de um amanhã melhor. Depois de atingir essa idade, percebi que não havia mudado muita coisa, pelo contrário, as responsabilidades só aumentavam e as dificuldades também. Nessa época, sempre vinha em minha mente a frase do pessimista Hardy, do antigo desenho Lippy & Hardy: “Oh, céus! Oh, vida! Oh, azar! Isto não vai dar certo!” Em alguns momentos, eu encarava a minha realidade com grande pessimismo e não conseguia perceber o quanto a vida tinha e tem coisas boas a nos oferecer, apenas precisamos visualizar o lado bom dela. Comecei a viver o presente depois de todos os episódios fatídicos que enfrentei, episódios estes relatados no livro “O caminho da superação” e agora eu vivo o hoje, sinto a vida de forma plena, aproveito cada momento com a minha família e entrego o amanhã para Deus, pois esse a Ele pertence. Impendentemente das crenças, ou não de cada um, aconselho a todos que evitem despender o tempo e a energia com situações ou coisas que não valham a pena. Parem de se preocupar com o futuro de maneira desmedida, pois precisamos, sim, pensar nele, mas sem nos esquecer de viver o hoje. Para fechar essa reflexão, recomendo que pensem na importância de vivermos o presente e cito a máxima de Horácio, em latim: carpe diem, isto é, aproveitem o momento. A rotina, as obrigações trabalhistas, os papéis sociais que precisamos cumprir na vida moderna sufocam qualquer possibilidade de libertação do ser humano. Assim, para iniciar o meu processo de mudança, no intuito de viver o hoje, visualizei uma pirâmide de transformação. Para iniciar, primeiro se questione: o que é felicidade para você? Parta do princípio de que ela é feita de momentos. A partir da sua resposta, construa sua pirâmide da felicidade, a fim de chegar a esse propósito. Darei o meu exemplo para que vocês visualizem. Eu restringi minha resposta a quatro eixos, os quais considero os pilares de libertação de todas as amarras que me trazem sofrimento e mal-estar. Na próxima postagem mostrarei a minha pirâmide, a título de exemplo, para que inspire mais pessoas a criarem suas próprias pirâmides utilizando-a como fonte de felicidade e equilíbrio emocional.
(Trecho adaptado das páginas 92 e 93 do livro “O caminho da superação”
Despertar da consciência
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