Para iniciar o meu processo de mudança, no intuito de viver o hoje, visualizei uma pirâmide de transformação. Nesse sentido, primeiro se questione: o que é felicidade para você? Parta do princípio de que ela é feita de momentos. A partir da sua resposta, construa sua pirâmide da felicidade, a fim de chegar a esse propósito. Darei o meu exemplo para que vocês visualizem. Eu restringi minha resposta a quatro eixos, os quais considero pilares de libertação de todas as amarras que me trazem sofrimento e mal-estar. Cabe elucidar que o tema gratidão não consta nesses pilares, pois esse sentimento já está inserido direta ou indiretamente em todos os eixos que cito, por isso foi contextualizado em um momento à parte. A sociedade costuma centrar a representação simbólica da pirâmide apenas no quesito de ascensão social ou na matemática, quando, na verdade, ela tem um significado muito mais amplo. Sendo assim, neste assunto que estamos abordando, eu a considero numa perspectiva de elevação espiritual perpassando o conhecimento e a realização humana. Misticamente representa a libertação do homem no plano material para a ascensão celestial. Entre os quatros pilares que norteiam a minha vida, a meu ver, o amor nas suas mais diversas formas de manifestação representa o ápice da verdadeira fonte da felicidade humana. Primeiro pilar: AMOR a conceituação e a idealização do amor são muito subjetivas, pois envolvem tudo o que existe. A quem e como esse sentimento será direcionado varia de acordo com a época e a cultura de um povo. Amar tudo e todos, independentemente de qualquer coisa, é o melhor caminho para visualizarmos a beleza e sentirmos a alegria de viver. Conforme mencionado, acredito que o amor é a fonte da verdadeira felicidade, assim, se quisermos ser amados, primeiro precisamos nos amar profundamente, caso contrário não conseguiremos amar ninguém. A famosa frase bíblica “Ame seu próximo como a ti mesmo” traz essa ideia com exatidão. O amor verdadeiro não cobra, não sufoca, apenas aceita o outro exatamente como é. Outro trecho da canção “Pais e filhos”, da Legião Urbana – “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã, porque se você parar pra pensar na verdade não há” –, retrata a realidade de nos amarmos no hoje, pois é a única certeza que temos na vida; não sabemos se estaremos juntos no amanhã para continuarmos dando vazão a esse sentimento. A vida é efêmera e, se nos conscientizarmos disso, procuraremos viver da melhor forma possível e pararemos de despender energia com situações insignificantes.
Segundo pilar: AUTOACEITAÇÃO Seja você mesmo, viva a sua essência, como já comentei, não queira se enquadrar nos padrões estabelecidos pela sociedade, principalmente no quesito padrão de beleza e conceito de sucesso, pois o belo está nos olhos de quem vê. Devemos nos amar exatamente como somos, sem nos compararmos a ninguém, pois a verdadeira beleza encontra-se na diversidade. Caso contrário, entraremos no grupo de adolescentes e adultos inconformados por não atingir esse modelo surreal de beleza, dilacerando nossa autoestima. Diante disso, temos o aumento de estresse e a não aceitação da aparência física. Já em relação à realização profissional é muito relativo, depende do que você considera sucesso na vida. A pessoa pode sentir-se vitoriosa gerenciando a vida familiar. Por outro lado, há pessoas que se sentirão realizadas ao conquistar cargos importantes em grandes empresas, outras sonham com a fama e a riqueza, há aqueles que querem estabilidade profissional passando em concursos públicos e há, também, aqueles que procuram se desprender das cobranças sociais focando a vida na própria elevação espiritual. Ou seja, temos uma gama de possibilidades que podemos considerar como fator preponderante para a conquista do sucesso, depende da visão de cada um e do que realmente satisfaz cada pessoa. Por ser uma escolha individual, deve ser respeitada por todos. É preciso apenas se aceitar da forma que se é para sentir-se realizado.
Para essa postagem não ficar longa demais, os outros pilares serão abordados na próxima postagem. Fraterno abraço!
Verônica Rivas 