desapegue-se das coisas materiais, pois “a única coisa que a gente leva dessa vida é a vida que a gente leva”, Barão de Itararé. Isso não quer dizer que você não deva almejar bens para o seu conforto, mas adquiri-las, não pode se tornar o único propósito de sua vida. desapegue-se das pessoas, pois somos seres individuais, não nascemos para viver em função do outro, a não ser que essa escolha o/a faça feliz. Precisamos compreender que as pessoas não nos pertencem, ou seja, ninguém é de ninguém, quando somos tomados por esse sentimento, sofremos, pois vivemos cobrando constantemente do outro: carinho, atenção, afeto, amor e por isso não aceitamos muitas vezes, o término de uma relação. É esse sentimento de posse que gera violência e ciúmes nos relacionamentos conjugais. Quando nos livramos do sentimento de posse, o ciúme simplesmente se esvai. Para conseguirmos isso é preciso abnegação e desprendimento de si e do outro, pois quando nos amamos nos desvencilhamos de atitudes de tolhimento em relação ao outro.
Com a maturidade percebi que muitas vezes confundimos apego com amor, hoje vejo que esse sentimento negativo não passa de carência afetiva. Enquanto que o amor verdadeiro significa encorajar sempre o crescimento do outro, além de dedicação, companheirismo e renúncia mútua em algumas situações. Quando conseguimos desapegar, o sentimento de liberdade é maravilhoso! A convivência torna-se harmoniosa e aumentamos a confiança no outro.
Umas das atitudes que tomei em meu relacionamento conjugal e que propiciou leveza em nossa convivência foi parar com as cobranças e os julgamentos. Querer saber o tempo todo o que outro está fazendo, está lendo, está olhando no celular, onde foi, com quem foi, por que demorou, por que não avisou, ufa! Isso sufoca qualquer um. E quando criticamos o tempo todo a conduta do outro em um relacionamento querendo que este se adeque ao que julgamos ser o correto, não estamos respeitando a sua personalidade. É preciso lembrar que quando o conhecemos ele já tinha essa conduta. Nesse aspecto, se pararmos com essas atitudes não sofreremos mais. Eu digo com propriedade, pois fiz isso e senti a diferença no meu relacionamento. Eu não agia dessa forma o tempo todo, mas sufocava esse sentimento internamente quando percebia que estava exagerando, mas era um sentimento que me afligia e me entristecia profundamente. Pena que só tive essa percepção depois de ter passado por tantos momentos ruins conforme compartilhei com vocês, senão teria começado a viver de forma tranquila e harmoniosa a mais tempo.
Às vezes fico pensando também se não tivesse passado por tantos momentos traumáticos se eu despertaria para esse novo olhar sobre a vida. Mesmo assim, acredito que nós podemos aprender com os erros e as experiências dos outros, razão de dividir com vocês a minha história de ascensão, sofrimento e o caminho para o processo de superação, pois poderá auxiliá-los a rever as suas próprias atitudes para que não passem pelo que eu passei. Adotem essa atitude e perceberão nitidamente a diferença. O desapego de tudo o que te faz mal, leva ao autoconhecimento, fato que implica na libertação das amarras que nos fazem sofrer.